O foco, que te salvava, agora te faz vulnerável
Foco é importante!
Acho que todo mundo está de acordo com isso, porém, temos duas grandes questões:
Como ter O FOCO que gera resultados?
Cómo fazer para que o FOCO em meu negócio, evite que eu veja as ameaças e/ou os riscos que vem de fora da minha área de atuação?
Foco, foco, foco, esta foi a receita (e muito válida) dos últimos anos.
A concentração de esforços e recursos sem dúvida salvou muitas empresas e postos de trabalho.
Esta abordagem continua fazendo sentido, em um mundo com muitos estímulos externos, muita informação e escassez de recursos, a tentação de sair disparando para todos os lados pra ver se caçamos algo no final do dia é grande, mas, normalmente, não funciona.
Os líderes devem estar focados em seu core business, em suas atividades, isso importante porém não suficiente, já não garante o êxito.
Muito pelo contrário, nos faz extremamente vulneráveis porque as ameaças mais graves vem de fora do setor.
É frequente (e natural) vermos empresas focadas em seu negócio. O curso natural é realizar um planejamento estratégico, aplicando algumas das ferramentas amplamente conhecidas (SWOT, 5 forças de Porter, Matriz BCG, CANVAS Business Model, Análise PESTEL, e por aí vai…).
Estas ferramentas ainda são muito válidas, porém estão todas baseadas no negócio e no setor da empresa.
Mesmo as ferramentas que analisam o entorno e os condicionantes exterior ao negócio, o fazem em função e desde o ponto de vista do negócio, colocando o core business no centro.
Como as empresas tradicionais (eu as chamaria antigas) ainda estão baseadas em métricas e conceitos ultrapassados como share of wallet, o que elas fazem?
Se comparam com empresas de seu mesmo setor e atividade, participam de congressos e feiras do setor, são membros de associações e confederações setoriais, e estão constantemente olhando para o próprio umbigo. Muitas fazem isso porque consideram seu negócio único, específico e particular.
Mensagem importante, todos os negócios são peculiares, não enalteça o seu e menospreze os demais. Leia o post [TODO negócio está exposto à Transformação]
Atualmente o risco de ter foco somente em seu negócio e ficar olhando somente para o próprio umbigo é abaixar tanto a cabeça a ponto de deixar o pescoço exposto a que as ameaças que vem de fora do setor o corte.
O grande dilema é, quando as empresas percebem o risco que estão correndo por não terem uma visão holística e sistêmica do entorno, elas não tem metodologia para identificar os riscos e as oportunidades, nem armas para competir com empresas que vem de fora de seu setor.
São empresas, produtos e serviços que vem de outros setores, aparecem sem avisar e como você não está com o radar a 360º é pego desprevenido.
O desafio é que, ao virem de setores diferentes, tem regras, regulamentações, estruturas, modelos de negócio e estrutura de custo diferentes.
Como se pode competir com uma empresa que tem regras, estrutura e principalmente mentalidade diferente?
Eu tenho cases que você ficaria surpreso, mas como ainda estão sendo trabalhados, eu não posso revelar por ética e respeito aos meus clientes, porém posso dar um exemplo genérico (e antigo) mais que ilustra muito bem o conceito.
Quem era o concorrente de uma companhia aérea?
Resposta fácil: Outra companhia aérea.
No modelo tradicional de single P&L (onde somente o resultado econômico importava), a maior parte dos custos estão expostos a flutuação do câmbio neste tipo de negócio.
Porém, este risco valia para todos os concorrentes, quando flutuava o dólar impactava a todas as companhias aérea.
Quando sobe o petróleo (consequência da alta do dólar) também afeta a todas.
Quando o sindicato negocia um dissídio, o mesmo.
Quando a agência nacional ou internacional de tráfego aéreo cria ou altera uma regra…
E assim por diante, portanto, as empresas ficavam de olho no market share (venda de tickets), satisfação de clientes e controle de custo. (simplificando muito obviamente)
Quem são os novos concorrentes das companhias aéreas hoje?
Os softwares de videoconferencia: Skype, Zoom, Appear.in, e uma longa lista…
Quando sobe o petróleo impacta, e muito, a companhia aérea porém não impacta em nada à videoconferência.
Se cai uma conexão de vídeo, nos conectamos novamente e vida que segue.
Nem é necessário comentar as consequências no caso da companhia aérea.
Por isso a regulamentação e as exigências de segurança são infinitamente maiores com as companhias aéreas, e isso supõe maior custo.
Quantas pessoas reduziram suas viagens por videoconferência nos últimos anos?
A video não foi criada para competir com o setor de transporte, porém impacta, e muito.
É de outro setor, tem outras regras, outras regulamentações, outra estrutura de custos, etc.
A primeira pergunta que vem à cabeça do executivo é:
Como competir assim?
Este é um dos grandes desafios das empresas no século 21!!!
Mais cedo ou mais tarde, toda empresa fica sabendo das ameaças e das oportunidades.
A questão é quando?
Se as companhias aéreas tivessem enxergado este impacto antes da disseminação da videoconferência, quantos milhões de dólares elas teriam economizado.
A maioria aprendeu da pior maneira, queda nas vendas, análise, consultoria e reestruturação… (e durante este período, milhões de dólares indo pelo ralo)
Mas isso não é tudo!!!
Neste caso, as companhias aéreas tiveram que se ajustar mais continuam aí (ao menos até a chegada do hyperloop).
Porém, existem tecnologias que podem fazer com que o seu negócio desapareça quase de forma imediata.
Como evitar isso?
Contrate um mentor de transformação EXTERNO que tenha ferramenta e metodologia para te ajudar (e proteger). Enquanto você foca em seu core business e na gestão de seu negócio ele vai analisar (periodicamente) o mercado de forma mais ampla e te trazer insights e informações que podem salvar o seu negócio.
A BE&SK possui o serviço de observatório e o Modelo de Análise de Impacto da Tecnologia que devem ser as principais fontes de informação para manter a empresa protegida e em constante processo de inovação. Estas ferramentas também são necessárias para elaborar o Plano de Transformação Tecno-Humanizado (substituto do Planejamento estratégico tradicional).
Para mais informações, pode entrar em contato com a BE&SK e te mostraremos dezenas de cases e exemplos de empresas que cresceram por enxergar oportunidades antes de seus concorrentes e outras que quebraram por não possuir um serviço assim.
Você também pode aprender esta metodologia participando de nosso workshop.
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A escolha é sua….
Imagens: Freepik